sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

RELATO DE EXPERIÊNCIA





O presente relato é uma síntese de duas atividades que foram sistematizadas e desenvolvidas em sala de aula, no final de 2008, pelas as professoras Deusirene Rodrigues T. Soares e Raimunda Paulino de Sousa Burgue, com alunos de seis anos do primeiro ano. A seguir, explanaremos, de forma sucinta, como foram desenvolvidos os trabalhos:

 Atividade I – Língua Portuguesa e Literatura
No primeiro momento, escolhemos o texto “História de Amor” - de Coeli Rennó – para nos dar embasamento teórico. A seguir, introduzimos uma atividade para ser trabalhada junto às crianças em sala de aula. Nesse sentido, foi preparado o ambiente, onde as crianças sentaram em circulo e em seguida foi cantada a música intitulada “se essa rua se essa rua fosse minha”, com o objetivo de despertar a atenção e a curiosidade dos alunos ao assunto que seria apresentado logo em seguida. Concluímos esta etapa conversando e discutindo o assunto do texto, tendo como propósito analisar o conhecimento prévio dos alunos.
Em outro momento, apresentamos gravuras em forma de corações, lápis, casas, jardins, etc., para que os alunos fizessem a leitura e a interpretação das imagens que ali estavam sendo apresentadas. Muitas opiniões surgiram por parte dos alunos. Uma que mais chamou a atenção foi quando uma aluna sugeriu um título para a história. Ela nos sugeriu que poderia ser o lápis e a sua companheira. Mais ao expressar disse: “o lápis e a lapas” (observe que o termo lapas foi no sentido do feminino de lápis). Surgiu daí uma oportunidade de estarmos trabalhando gênero - masculino e feminino.
Em seguida conversamos sobre amor, amizade, respeito mútuo e relacionamento, pois a história foi recriada e adaptada para a idade e o nível cognitivo dos nossos alunos. Na hora do conto todos estavam ansiosos, sentaram no chão e os olhinhos brilhavam de tanta curiosidade e interesse pela história. A história foi contada assim:

 Certa vez, existiam dois lápis um vermelho e outro azul. Eles eram muitos amigos, estavam juntos em todos os lugares. Passeavam, brincavam, corriam, pulavam corda, subiam em árvores; faziam tudo aquilo que dois amigos fazem; até construíram uma casa no fundo do quintal para brincarem nos dias de chuva.
Certo dia chegou por ali um outro lápis - o amarelo. O azul se aproxima dele e percebe a afinidade. Começaram a conversar e a brincar. Surge então ali, uma nova amizade entre o azul e o amarelo.
Azul, não queria mais brincar, sorrir, cantar, passear com o vermelho. A velha casa do quintal estava abandonada; nem por ali o azul passava mais. Agora o vermelho estava só, não tinha mais seu melhor amigo para brincar.
Azul tinha um novo amigo, que não era como a amizade do vermelho. Amarelo era daqueles amigos que queria viver só em casa, assistindo tv, dvd, jogando vídeo- game, ou passava boa parte do tempo no computador. No início o azul achou ótimo, tudo era novo, depois os dias foram se passando e ele foi se cansando de tudo aquilo. Até que um dia resolveu procurar seu velho e bom amigo vermelho. Azul ao chegar à casa do vermelho foi logo percebendo algo estranho, correu para ver o que estava acontecendo, de longe percebeu um barco que estava levando seu amigo para o outro lado do rio. Então vermelho olha para trás e acena com a mão direita dando sinal de adeus. Azul chora muito vendo aquela cena, pois sabia que estava perdendo ali o seu melhor amigo e que aquela altura, já era tarde de mais.

Ao terminar a história todos estavam de olhos radiantes de tanta felicidade. Porém uma aluna exclamou: - há não tia, o azul nunca mais encontrou o vermelho!
Partiu daí, questionamentos sobre um outro final para a história. Após a discussão entregamos folhas de papel para que eles produzissem através de desenhos um outro final para a historia.
Ao final, consideramos que os objetivos propostos na atividade foram alcançados de forma satisfatória. Os alunos conseguiram relacionar o conteúdo das atividades, ao seu dia-a-dia. Percebemos que os mesmos buscaram outras formas para a solução do conflito, dando um outro final para a história.


 Atividade II – Matemática
Iniciamos a atividade introduzindo o conteúdo simetria. Assim, mudamos as posições das mesas da sala de aula, colocando a mesma quantidade de mesas enfileiradas lado a lado, com o objetivo de chamar a atenção para o assunto que seria trabalhado. Depois, apresentamos, através de gravuras, que a simetria está presente em muitos lugares como em objeto construído pelo homem e também, naqueles objetos que estão visíveis na natureza. Então, citamos exemplos como na flor, borboleta, coração, joaninhas e até o próprio homem. Em seguida deixamos que eles citassem outros exemplos. Percebemos que vários exemplos foram surgindo como violão, cadeira, mesa, etc. Na ocasião aproveitamos para estar relembrando das figuras planas e não planas, assunto já estudado em aulas anteriores, mostrando assim que a simetria faz parte deste grupo. Em seguida, pegamos folhas de papel dobramos ao meio e recortamos, demonstrando assim como se constrói uma figura simétrica. Os alunos estavam atentos e curiosos para saberem que figura sairia dali. Com isso percebemos que os alunos haviam assimilado o assunto, pois já estavam dominando o conceito trabalhado.
Num outro momento partimos para as atividades práticas deixando que eles recortassem e criassem seus próprios desenhos. Em seguida foi feito um trabalho com atividades xerocopiadas, onde eles desenharam a outra metade do desenho, atentando para os traços que não são classificados como simétricos. Essa atividade exigiu muita atenção e concentração dos alunos, pois percebemos que eles queriam fazer com o máximo de perfeição.
Em outra atividade direcionamos para que eles encontrassem as partes iguais dos desenhos e em seguida pintassem, recortassem e colassem para descobrir qual objeto simétrico estava se formando. Com essas atividades notamos que o conteúdo trabalhado teve êxito, pois eles conseguiram compreender que a simetria faz parte das figuras planas e não planas; como também, conseguiram relacionar as figuras simétricas ao seu dia a dia.

Vale ressaltar que os exemplos supra citados reforçam nossa insistência em que o trabalho docente, para alcançar melhor qualidade, necessita ser sistematizado de forma consciente pelo/a professor/a, levando em consideração a realidade do aluno.

Um comentário:

Solange Sardeiro disse...

Parabéns!!!
Gostei do trabalho de vocês!